quinta-feira, 27 de abril de 2017

Divagando... Sobre ovos, amor e afins.

Tava deitada na cama de meus pais dia desses, aí ela chega com um ovo na mão, ops!, mas não era qualquer ovo, era um ovo tamanho GG e fala: Papiii, olha que ovão Maria botou. E eu monossilábica que sou: ahhhhh!(imagino... quem é essa Maria?). Maria é a galinha da casa de meus pais e já tá bem velhinha. Maria, uma galinha bem mansinha e com nem tanto amor pra dar devido a sua estrutura e idade, mas mesmo assim os galos não a deixa respirar, tadinha! Este era o último ovo de Maria, sim, Quinha não sabia, mas jaz ovos por ali. Este era o mais pedido, o mais cobiçado, o mais mais, e ainda era deste tamanho, pouco convencional. Vou sempre fazer o efó (prato da cozinha baiana, mas que pra mainha é tudo que é comida), e daí ela coloca as comidas que ela faz e outras a fazer). Quando chego em casa, separo as comidas e bem guardadinho estão os ovos e... o ovo de Maria lá. Vieram algumas coisas na minha cabeça, mas o sentimento que mais veio em mim foi o Amor, vi ali mais que um objeto, uma comida, aquele ineditismo dela. Ela separou o melhor pra mim! Os pais... eles sempre querem nos dar o melhor, quando eles falam que algo é ruim, ou que é bom irmos por este caminho, é sempre por benquerença, por Amor. Nem sempre segui o manual básico de sobrevivência do filho, mas me predispus a ter conhecimento daquilo que eles queriam de mim, sempre fui uma boa ouvinte e quando eles não tem razão eu falo, e foi assim... mas tenho algo a ponderar, acredito que um olhar de mãe é bem intrigante, cheio de dizeres. Quando ela diz : Olhe lá... você acha que esta companhia é boa? Ela quer dizer: Esta companhia não é boa!, e as razões permanecem!.
Vou correr, pra fazer meu ovo de Maria!.

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