segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Baú do Raul Revirado

Dizer que sou apaixonada por todas as formas expressionistas (porque as vezes considero muito irreal e muito além do palpável, e isso é bom demais). de Raul seria minimizar meus sentimentos, é tudo muito docinho e muito amarguinho, daí tamanha equidade.
Ao ler o Baú do Raul Revirado, vi que tudo é tão meu quanto tudo nosso, são realmente pegadas da vida, registradas em letras e canções, é como se ecoasse em tons estonteantes: Olha eu não vi aqui a passeio e vou deixar minha história contada e recontada para todos vocês.
Este livro é a maioria de textos registrados e viajados, que nos podem levar e nos deixar no mesmo mundo e como: Não sei onde eu "tô" indo, mas sei que eu "tô" no meu caminho, enquanto você me critica, mas "tô" no meu caminho.
É, este livro merece ser lido, pois entre outras citações, tudo tem muita valia ao ser dito:
"Tudo que eu havia de fazer já fiz. Agora apenas repetições. Com 9 anos de idade eu já sabia. Hoje aos 38 anos sofro mais.
  Não quero mais escrever pois não tenho o que dizer. O tédio e o absurdo existencial me levam ao nada.
Ah... eu sempre escrevia pelas paredes: "Quero ser normal". Já tive esperança de um dia ser normal, onde tudo é como dicionário; crer no dicionário, ser o que é dito para ser e crer nisso.
Será que eu já disse-fiz-disse-fiz tudo ou hei de ver as coisas por um ângulo diferente???
Me dê de beber que eu não tenho sede!."

Pra abrir 2011, leitura para ossos e descanso pra pele!.
Beijins e continuem com Deus, dEUs!.

O Báu do Raul Revirado.
Idealização: Kika Seixas
Organização: Silvio Essinger
Ediouro.

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